terça-feira, 30 de junho de 2009


E... ainda não me vi em teus olhos.
Mesmo sabendo-me em ti ...
No espanto da saudade...
Que fala a minha voz
em teu peito
Diálogo de letras invisíveis
Consumado na grafia silente
Em que se escreve
O idioma dos amantes
É o teu olhar que ocupa
Todas as dimensões do espelho
Em que se mira
a minha existência
Entre nós,
silêncios tão eloquentes
Que calam
todas as palavras inúteis
Naquilo que não revelamos,
adivinhamo-nos
No esculpir sorrateiro
em que conspiram
As mãos onde ardem
todos os segredos
E suspendem em suas linhas
nosso destino
Linguagem que se
delineia insinuando
O mistério que nos impele
É o teu rosto que se reflete
Feito lume nas minhas manhãs
Descerrando as cores e sonhos
Mesmo quando sou esboço,
rascunho
Imagem coberta pela penumbra
Nos dias cansados
pela tua ausência
!!!


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