
Sossega, coração!
Não desesperes!
Talvez um dia,
para além dos dias,
Encontres o que queres
porque o queres...
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho...
o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença... a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo... se sente diferente,
Como faz mal ao sonho... o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo!
Dorme!
O sossego não quer...
razão nem causa....
Quer só a noite plácida...
e enorme,
A grande, universal,
solente pausa...
Antes que tudo...
em tudo se transforme....









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