Aquele era o tempo em que as mãos se fechavam...
E nas noites brilhantes...
as palavras voavam
E eu via que o céu...
me nascia dos dedos
E a Ursa Maior ...
eram ferros acessos
Marinheiros perdidos...
em portos distantes
Em bares escondidos...
em sonhos gigantes
E a cidade vazia...
da cor do asfalto
E alguém me pedia...
que cantasse mais alto!!!
Quem me leva os meus fantasmas!?!
Quem me salva desta espada!?!
Quem me diz onde é a estrada!?!
Quem me salva desta espada!?!
Quem me diz onde é a estrada!?!
Aquele era o tempo...
em que as sombras se abriam
Em que homens negavam...
o que outros erguiam
Eu bebia da vida...
em goles pequenos
Tropeçava no riso...
abraçava venenos...
De costas voltadas...
não se vê o futuro
Nem o rumo da bala...
nem a falha no muro
E alguém me gritava...
com voz de profeta
Que o caminho se faz...
entre o alvo e a seta...
De que serve ter o mapa...
se o fim está traçado
De que serve até à vista...
se o barco está parado
De que serve ter a chave...
se a porta está aberta
De que servem as palavras...
se a casa está deserta!!!
se o fim está traçado
De que serve até à vista...
se o barco está parado
De que serve ter a chave...
se a porta está aberta
De que servem as palavras...
se a casa está deserta!!!
Pedro Abrunhosa










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