sábado, 11 de julho de 2009



Eram duas esperas que não tinham como dar errado...Ele sempre a quis, desde o primeiro momento que a viu. Ela nunca mais deixou de ser dele, desde aquele primeiro instante, em que descobriu que era ele.... tudo o que sempre esperou, mesmo sem saber...

Ele não... sabia que seria ela, ela sempre fora a sua espera...

Ela nem imaginava, mas teve a certeza no momento em que ele a olhou e o que ela viu foi a si mesma, ela vivia inteira naquele olhar... Ela se via nele e poderia tê-lo amado para sempre...

E, ao contrário do que ele pensava, ela não queria que ele mudasse, só queria que ele fosse ele mesmo, sem medo... Mas, esse medo conseguiu ser maior...

E ele?

Covarde-frustrado, provavelmente vai amá-la assim: naquele para sempre que, contrariando a canção, nunca acaba...

É que não se terminam coisas que não se exaurem... Essa é a sina daqueles que não se permitem ir ao fundo do que sentem: permanecem sem ficar, amam sem viver, de fato, o amor (covardia tem seu preço).

E ela seguirá sem arrependimentos. E ele até conseguirá seguir por algum tempo, mas seguindo e voltando acabará vivendo daquilo que, estranhamente, não se permitiu viver... viverá da lembrança dela, perdido no precipício de si próprio continuará amando-a em silêncio. Aquele silêncio de abismo... Aquele que desperdiça afetos, que destrói sonhos, que não dá atenção ao vento...

Porque como alguém já disse um dia:

“não basta amar,
é preciso cuidar do amor,
há que se dar...
muita atenção...
ao vento...”

E... é assim que nesse amor medroso, descuidado, desatento de si mesmo, que de repente o vento sopra mais forte, corações escapam... E o mundo gira tão rápido, que já não cabe mais naquele abraço. E... é assim, que duas esperas se perdem... sem ao menos terem dado errado...

Eu também... ainda ti amo!!!

Vida


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