terça-feira, 21 de julho de 2009



Não sei dizer quando foi que começou...

Aliás, até sei, mas pensar nisso agora só vai piorar as coisas. O que eu posso dizer é que entrei em uma ilusão perigosa, me deparei com sentimentos desconhecidos, e acabei me entregando...


O tombo foi de cabeça, a queda foi de um penhasco com uma altura inimaginável e hoje eu me deparo em um nada... Acredito que se a sensação que tenho fosse transformada em algo físico, eu estaria no meio de uma floresta escura, andando a esmo e com o coração vazio...

Se a paixão já é perigosa, inconseqüente e intensa, imagine então uma paixão imaginária, na qual a pessoa amada é o equivalente a uma fantasia, a um sonho, a uma ilusão...

Em meus anos vividos eu não imaginava que tinha passado por todas as situações possíveis de relacionamentos frustrados, amores não retribuídos.

Eu estava enganada...

A “história” da qual eu estou me desligando pouco a pouco é tão irreal e absurda que até mesmo Freud teria dificuldades em decifrar...


É...

A mente humana nos prega peças.

É muito fácil criar uma situação e viver nela, como se fosse outra vida, como se você estivesse suspensa da realidade por algum tempo...

Eu passei por isso, e acreditem: não é legal. Pode até ser bom na hora que se vive, mas o despertar é doloroso, é triste, é decepcionante...



Estou de volta à realidade...

Estou viva novamente. Estou em processo de desintoxicação de algo que não pode ser chamado de outra coisa a não ser ilusão...

Triste ilusão...

Mas... como eu carrego comigo a teoria de que tudo tem seu lado positivo, acredito veementemente que a experiência valeu...

Primeiro, porque parece que meu coração aprendeu a ser mais realista. Os mais maduros não dizem que temos que manter os pés no chão? Digamos que os meus viviam flutuando, e hoje pelo menos a ponta deles está no chão... enquanto eu tento me equilibrar nesta posição ingrata e desconfortável...

O coração ainda está vazio...

Barreiras foram erguidas e os sentimentos são bloqueados quando ameaçam invadir o meu espaço...

Porém, esta resistência não vai durar para sempre.

Tem um novo amor me esperando logo ali na esquina, e eu vou até ele... Em passos lentos para que o trauma não estrague tudo, mas eu vou...

Porque nenhum objetivo é mais acertado do que a busca eterna pela felicidade e pela paz...

Não poderia deixar de finalizar minha reflexão com versos de Paulinho da Viola, muito bem interpretados por Marisa Monte... É uma boa forma de me expressar com beleza...



“(…) Desilusão, desilusão..
Danço eu dança você...
Na dança da solidão (…)

(…) Apesar de tudo existe,
uma fonte de água pura...
Quem beber daquela água...
não terá mais amargura”...





Você que já sentiu...
Voltará a sentir a dor...
da minha indiferença!!!
E você bem sabe... o quanto dói!!!

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