sábado, 11 de julho de 2009


Tenho vivido dias em que um **não**, esse advérbio que de tão pequeno poderia muito bem passar desapercebido, e que no entanto, grandiosamente presente, não fala, grita!

Tem estado, constante e insistente, antecedendo meus verbos, pontuando meus dias... O estranho é que, o que seria para **negar**, determina meus desejos (ou a falta deles, já nem sei mais...), questiona o que penso e a todo momento me interroga...

NÃO quero?
NÃO espero?
NÃO sou?
NÃO estou?
NÃO sei?
NÃO tenho ou
NÃO entendo?
Certezas?
Verdades?
Tristezas?
Dúvidas?
Mentiras?
Ilusões?

Certezas me escapam a toda hora...

Será por que, em realidade, são meras ilusões, nítidas fantasias do que se espera que se diga?

Verdades que se atropelam, mentiras que se transformam para mascarar a dúvida, enganar a dor, emprestar amor onde o carinho não chega e o gesto se perde?

NÃO, NÃO, NÃO...
Definitivamente NÃO!
Não sou feita de certezas,
não acredito em verdades plenas,
mentiras ingênuas
ou tristezas extremas...
Não acredito em dores
que não sangram,
ilusões que de tão tolas:

calo!

Contudo, vez em quando,
tudo me toca
e me machuca...

Ainda assim, nesse eterno paradoxo de mim mesma, creio!


Continuo e busco...!

Pois, tudo que tenho é isso: essa busca constante, e como um dia escreveu Clarice (de forma tão plena):

(...)Eu não digo que eu tenha muito,
mas tenho ainda a procura intensa
e uma esperança violenta.
Não esta sua voz baixa e doce.
E eu não choro,
se for preciso um dia
eu grito (...)

EU GRITO CALADA... QUE TI AMO!!!



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